domingo, 20 de junho de 2010

Em nome da razão revolucionária


A razão existe. Mas será que ela está exclusivamente na comunhão de gritos das multidões enfurecidas ou reside nas vozes espalhadas e solitárias dos contrários imersos naquele deserto de gente?

 

Periodicamente as pessoas criam um senso de coletividade comovente, lutam, brigam, morrem, acreditando fielmente que o que  defendem é o mais correto. Existem vários "certos" e "errados" nas guerras, nas lutas, nas batalhas, senão elas não aconteciam.

 

Razão é a faculdade de avaliar, julgar, ponderar idéias, raciocinar, inteligir e tem como antônimo a paixão, aquela que cega e distorce a verdade, os fatos, os motivos e a própria razão. Os apaixonados se deixam levar, não vêem com a clareza necessária o certo, o lógico, o verdadeiro.

 

O controle necessário para conseguir escolher suas vitórias e derrotas é extremo e difícil  de se atingir. A perfeição é inatingível, uma vez que sempre existirá um melhor a ser atingido. Todos caminhamos para o mesmo destino com diferentes sentidos e direções, mas com o mesmo caminho final.

 

O fato de reconhecer o erro e, mesmo que mudo, assumi-lo é o caminho para o crescimento pessoal, assim como também é o fato de não aceitar uma culpa que lhe é atribuída sem motivos. A principal lição a ser tomada é seguir em frente e esperar que as coisas melhorem por si, pois não cresceste o bastante para dobrar o orgulho desculpar-se por um erro não cometido.

 

Do mesmo modo que a burguesia francesa pegou em armas para defender os seus direitos e cortaram as cabeças dos tiranos que os afligiram em nome da razão que encontraram, façamos o mesmo em nome da razão revolucionária.

 

 Alice Burton


"Was it worth all that war just to win?"

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